sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Com mais verba, esportes de menos tradição festejam a chance de crescer

Os planos para 2011, o ano dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, já começam a ser traçados com um gostinho de vitória para atletas de esportes olímpicos sem muita tradição no Brasil. O incentivo parte da recente redistribuição de valores dos recursos da Lei Agnelo/Piva, o que representa um maior apoio financeiro a Confederações Brasileiras, sobretudo àquelas que não tem patrocínio. Com isso, modalidades que buscam resultados expressivos, dos campos aos ringues, comemoram a chance de crescer e ganhar popularidade no país do futebol.

Para entidades como a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), o aumento da verba a ser repassada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) significa o reconhecimento de um esforço tão grande quando o dos atletas que buscam medalhas.


- Esse apoio vem ao encontro do trabalho que estamos fazendo e garante um investimento em campeonatos internos, em eventos nacionais. Com isso, mais atletas poderão participar das competições – explica Pedro Gama Filho, presidente da CBLA, que recebeu R$ 1.017.000 em 2010 e agora terá um acréscimo de quase R$ 500 mil.

Claudio Rocha, do hóquei sobre grama: Mais competições internacionais, mais chance de ir ao Pan

Se a preocupação para o badminton era o Pan, agora a situação ficou bem mais tranquila.

- A prioridade agora é inscrever os atletas nos torneios e ficar bem no ranking para aumentar as possibilidades de jogarmos no Pan - revela Celso Wolf Jr, presidente da Confederação, que viu sua fatia passar de R$ 904.000 para R$ 1.300.000.

Celso conta também que a verba será importante para o badminton chegar às escolas, o que ajuda a promover o esporte e contribui para a formação de novos talentos. Para a Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama (CBHG), o aumento no valor do repasse vai permitir um investimento mais forte das equipes para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

- O objetivo é fazer que equipes joguem bastante durante todo o ano e participem de competições internacionais - diz o presidente Sydnei Rocha, cuja modalidade recebeu aumento idêntico ao do badminton.

Confira as mudanças no repasse de todas as confederações brasileiras:

Atletismo - De R$ 2.825.000 em 2010 para R$ 3.000.000 em 2011
Badminton - De R$ 904.000 para R$ 1.300.000
Basquete - De R$ 1.921.000 para R$ 2.100.000
Boxe - De R$ 1.582.000 para R$ 1.700.000
Canoagem - De R$ 1.808.000 para R$ 2.300.000
Ciclismo - De R$ 1.808.000 para R$ 2.300.000
Desportos aquáticos - De R$ 2.825.000 para R$ 3.000.000
Desportos na neve - De R$ 678.000 para R$ 800.000
Desportos no gelo - De R$ 678.000 para R$ 800.000
Esgrima - De R$ 1.017.000 para R$ 1.100.000
Ginástica - De R$ 2.599.000 para R$ 2.800.000
Golfe - R$ 500.000
Handebol - De R$ 2.599.000 para R$ 3.000.000
Hipismo - De R$ 2.034.000 para R$ 2.900.000
Hóquei sobre a grama - De R$ 904.000 para R$ 1.300.000
Judô - De R$ 2.825.000 para R$ 3.000.000
Levantamento de peso - De R$ 904.000 para R$ 1.100.000

Lutas associadas - De R$ 1.017.000 para R$ 1.500.000

Pentatlo moderno - De R$ 904.000 para R$ 1.300.000
Remo - De R$ 1.808.000 para R$ 1.900.000
Rúgbi - R$ 500.000
Taekwondo - De R$ 1.130.000 para R$ 1.200.000
Tênis - De R$ 1.469.000 para R$ 1.800.000
Tênis de mesa - De R$ 1.808.000 para R$ 2.300.000
Tiro com arco - De R$ 904.000 para R$ 1.300.000
Tiro esportivo - De R$ 1.469.000 para R$ 2.000.000
Triatlo - De R$ 1.356.000 para R$ 2.000.000
Vela e motor - De R$ 2.825.000 para R$ 3.000.000
Vôlei - De R$ 2.825.000 para R$ 3.000.000

Fonte: Globoesporte.com

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